ESFORÇO [ karma ]:
TEM três caminhos. O primeiro é o caminho da ação - o
mais duro, o mais difícil, o mais masculino. Moisés, Maomé, Rama, Patanjali,
Gurdjieff - essas pessoas pertencem ao caminho da ação. Algo tem que ser feito
para alcançar Deus; grande esforço é
necessário, esforço absoluto é necessário, ele é árduo e penoso. Existem pessoas
que sempre gostam de ir pelo caminho mais difícil. Essas são as suas escolhas - elas
amam isso, elas amam o desafio disso.
CONHECIMENTO [ jnâna ]:
O
segundo caminho é o caminho do conhecimento. Está no meio - nem muito difícil, nem muito
simples, nem muito fácil, nem muito complexo também. O primeiro é muito complexo, Gurdjieff é muito complexo; o segundo é o
caminho do conhecimento, exatamente no meio. Buda - Buda chamou o seu caminho
de caminho do meio, majjhim nikai - Mahavira, Shankara, Ramana, Krishnamurti:
essas são pessoas que percorrem o caminho do conhecimento. Ele não é tão árduo como o
primeiro, e não é tão relaxado quanto
o terceiro; está exatamente no meio. As pessoas que não são muito masculinas e
não são muito femininas seguem este caminho.
AMOR [bhakti ]:
O
terceiro é o caminho do amor - o
caminho da devoção, bhakti. Narada, Chaitanya, Meera, Sahajo, Ramakrishna -
estas são pessoas que trilharam esse caminho. É o mais simples, mais direto, mais íntimo. Você não pode achar nada mais fácil. Esse é o atalho. Ele não é penoso. Você não precisa fazer nada. Nesse caminho, o fazer será sua destruição. Você só precisa relaxar e confiar.
OSHO
Ao longo de sua vida em estado
de encarnação [aprisionamento] o indivíduo pode e deve buscar o auto desenvolvimento
do seu verdadeiro Ser, que é Espiritual e livre.
Se nada faz para se
desenvolver, o Homem-Animal, ao morrer, continuará sua existência em um estado
letárgico, não desperto.
Os homens nascem em um estado
de consciência enevoado, confuso. Não estão despertos ao nascer; ao contrário,
estão adormecidos.
Ao longo do desenvolvimento
ordinário do corpo, desde muito cedo submetida às técnicas de socialização, a
consciência tende a se acomodar e a se manifestar pelos automatismos
aprendidos.
A percepção é superficial; os
sentidos restringem-se à recepção dos estímulos mais grosseiros. O mundo é
experimentado apenas em sua realidade aparente, superficial, mayavica [ilusória].
Os Três Caminhos
A busca do Conhecimento e de Auto Conhecimento são tão antigos
quanto o primeiro cintilar de consciência do Eu Sou. Ninguém sabe há quantas
Eras os homens buscam o saber de si
mesmos e do seu em torno.
Ao
longo dessa jornada os povos, as nações, culturas, desenvolveram ao menos Três Caminhos para alcançar a meta dourada, a pedra filosofal dos
Alquimistas, o Poder! sobre Si Mesmo e um decorrente controle do meio
[natureza]. Como se o objetivo do Ser Humano fosse realizar o projeto mágico:
Reinar sobre si mesmo para reinar sobre a Natureza ou como pode se entender nas
entrelinhas do ensinamento de Jesus: Buscar primeiro o Reino de Deus; o
resto vem por acréscimo. O enigma e definir Reino de Deus...
1. O Caminho do Faquir ─ É duro. É o caminho do Corpo.
O faquir obtém o auto controle
ou pretende obtê-lo submetendo o corpo ao Espírito por meio da imposição de
dor. Submetendo o Instinto à Vontade pela
negação completa da satisfação do instinto. Eles podem ser vistos na Índia,
hoje, com seus braços atrofiados, suspensos Voluntariamente a 30 anos! Porque o
faquir é um tirano para o corpo e deles vem a tradição de alcançar a Iluminação
por meio da mortificação. Buda Sakyamuni ao ver esse faquires de braços
atrofiados e outros, mutilados de todo o tipo, refletiu, meditou, e achou uma
péssima ideia.
A imagem do Faquir é o extremo desse caminho que é o caminho da
ação. Segue esse caminho quem acredita ser necessário grande esforço para
alcançar Deus.
Na realidade, o Caminho da Ação é o caminho que a maioria da
humanidade tem seguido ao longo de milhões de anos.
2. Caminho do Iogue ─ É o
caminho da mente.
O
iogue combate os hábitos mentais. Porque a realidade é maia, é ilusão. Porque
tal ilusão é criada pelo torvelinho de pensamentos, o iogue se concentra em
dominar os próprios pensamentos, deter o fluxo aleatório de ideias.
Para
o iogue a capacidade de pensar é como um belo e poderoso cavalo selvagem
perdido a galopar sem destino em todas as direções do plano mental.
O cavalo tem de ser domado.
Uma
vez que iogue consiga controlar o corcel dos seus pensamentos, poderá
transformar sua realidade a partir de transformações no plano mental, das
idéias.
Porque
o invisível e impalpável, a ideia, é o modelo e matriz do visível e palpável.
E
assim tudo é maia, é ilusão porque tudo pode ser modelado através da força do
pensamento dirigido.
Em
termos populares, o Caminho do Iogue é a conhecida doutrina do pensamento positivo,
tão travestida e maquiada mas sempre a mesma nas prateleiras dos livros de auto
ajuda.
O
caminho do Iogue é o caminho do Conhecimento.
A imagem do Iogue ermitão meditando na mata é
o extremo desse caminho.
É
possível seguir esse caminho do conhecimento sem negar o mundo desde que medite
diariamente e busque o auto conhecimento em suas relações com as coisas, ideias
e pessoas.
3. Caminho do Monge ─ É o caminho do Coração [Amor].
Para
os que buscam a santidade porque somente obterão santidade por meio do controle
de si mesmos.
Porque
neste caminho a prática é submeter as afeições: negar, evitar até transformar
em alguma outra coisa o desejo por tudo aquilo que é mundano - seja a comida,
seja a riqueza, seja o sexo, seja o amor romântico ou mesmo o amor fraternal.
Transubstanciar-se
em Eu Divino e Eterno pela negação desse mesquinho Eu Humano, tão efêmero.
Então os monges e monjas se afastam do mundo. Especialmente das
diversões do mundo, das coisas que dispersam os sentidos, envenenam o
pensamento e abalam a esfera emocional.
Recolhem-se
em orações, que são sempre mantras, sejam hindus ou cristãs católicas.
E
quando estão nas ruas, entre
as pessoas, estão como Servos, à Serviço do Criador; serviço que consiste
em prestar assistência às Suas Criaturas.
É
possível seguir esse caminho sem negar o mundo.
A
imagem do monge que nega o mundo e se afasta de tudo é o extremo desse caminho.
O
caminho do Coração que não nega o mundo é para os leões, pois exige muita coragem.
Pesquisa de: Annabelle Rosette
Para aqueles que desejam seguir o Caminho da Ação um livro útil: Fragmentos
de um Ensinamento Desconhecido – P.D. Ouspensky – em busca do milagroso – Pensamento.
Para aqueles que desejam seguir o Caminho do Conhecimento sugiro: A Primeira e Última Liberdade – J. Krishnamurti – Nova Era.
Para aqueles que desejam seguir o Caminho do Coração, além do Mestre Maior do Amor Jesus de Nazaré,
sugiro do mestre contemporâneo OSHO – Tantra: A Suprema Compreensão – Pensamento.