quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

sábado, 11 de dezembro de 2010

a busca eterna

uma canção dos bauls:

Que relações
Pode você concluir
Com alguém que não conheça
Os sentimentos que envolvem o amor?
A coruja olha fixamente o céu,
intocada, cega
Para os raios do sol.

O homem é uma busca, uma eterna inquirição, uma pergunta perene. A busca é pela energia que mantém a existência interligada — chame-a de Deus, chame-a de verdade, chame-a como você queira chamar. O que mantém essa existência infinita interligada? Qual é o centro disso tudo, o cerne disso tudo?

Ciência, filosofia, religião, todas fazem a mesma pergunta. As respostas podem diferir, mas a pergunta é a mesma. A religião chama essa energia de "Deus". Os cientistas não concordarão com a palavra "deus"; parece pessoal demais.

Parece demasiadamente antropomórfica, indicativa do homem. Eles a chamam de eletricidade, magnetismo, campo energético; mas apenas o nome é diferente. Deus é um campo de energia.

Os filósofos vão dando diferentes nomes: estrato supremo, o absoluto, Brahma. De Thales a Bertrand Russell, muitas respostas foram dadas. Algumas vezes, alguns filósofos dizem que ela é água, liquidez; algumas vezes, alguém diz que é fogo — mas a busca tem sido eterna. "O que mantém este universo infinito junto?"

Os místicos da Índia antiga, conhecidos como bauls, chamavam-na de amor — e, para mim, a resposta deles parece ser a mais pertinente. Ela não é pessoal nem impessoal. Ela tem algo de Deus e algo de magnetismo também. Algo do divino e algo da terra.

O amor tem duas faces. É semelhante a Janus: uma face é voltada para a terra e a outra é voltada para o céu. É a maior síntese concebível: ele vem da luxúria e se move em direção à oração; ele nasce do lodo e se torna um loto que olha de frente para o sol.

OSHO

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

la luna del mare




Veio como o vento
De repente
As costas na areia fria
Olhar perdido
Pensamentos...
Feelings...
Como afogar,
Na lua enorme
e sem mar?

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

flor-de-lótus

símbolo sagrado

A flor-de-lótus (Nelumbo nucifera), também conhecida como lótus-egípcio, lótus-sagrado e lótus-da-índia, é uma planta da família das ninfáceas (mesma família da vitória-régia) nativa do sudeste da Ásia (Japão, Filipinas e Índia, principalmente).

Olhada com respeito e veneração pelos povos orientais, ela é freqüentemente associada a Buda, por representar a pureza emergindo imaculada de águas lodosas. No Japão, por exemplo, esta flor é tão admirada que, quando chega a primavera, o povo costuma ir aos lagos para ver o botão se transformando em flor.

Lótus é o símbolo da expansão espiritual, do sagrado, do puro.
A lenda budista nos relata que quando Siddhartha, que mais tarde se tornaria o Buda, tocou o solo e fez seus primeiros sete passos, sete flores de lótus cresceram. Assim, cada passo do Bodhisattva é um ato de expansão espiritual.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

o fogo da verdade

Nenhum relacionamento pode crescer se você continuar evitando se expor. Se você continuar sendo astuto, erguendo salvaguardas, se protegendo, só as personalidades se encontrarão e os centros essenciais continuarão sozinhos. Só a sua máscara estará se relacionando, não você.
Sempre que algo assim acontece, existem quatro pessoas no relacionamento, não duas. Duas pessoas falsas continuam se encontrando, e duas pessoas verdadeiras continuam separadas uma da outra.
Existe um risco. Se você for verdadeiro, ninguém sabe se esse relacionamento será capaz de compreender a verdade, a autenticidade; se esse relacionamento será forte o suficiente para vencer a tempestade. Existe um risco, e, por causa dele, as pessoas continuam se protegendo.
Elas dizem o que deve ser dito, fazem o que deve ser feito. O amor se torna algo como um dever. Mas assim a realidade continua faminta, e a essência não é alimentada, e vai ficando cada vez mais triste.

As mentiras da personalidade são um fardo muito pesado para a essência, para a alma. O risco é real, e não existem garantias, mas eu lhe digo que o risco vale a pena.

No máximo, o relacionamento pode acabar. Mas é melhor se separar e ser verdadeiro do que ser falso e viver com outra pessoa, pois esse relacionamento nunca será gratificante. As bênçãos nunca recairão sobre vocês. Você continuará faminto e sedento, e você continuará se arrastando pela vida, só esperando que algum milagre aconteça.
Para que o milagre aconteça, você precisa fazer alguma coisa: comece sendo verdadeiro, com risco de que o relacionamento não possa ser forte o bastante para resistir a isso. A verdade pode ser dura demais, insuportável, mas nesse caso o relacionamento não vale a pena. Por isso é preciso passar pelo teste.

Depois que for verdadeiro, todo o restante se torna possível. Se você for falso — só uma fachada, uma coisa artificial, um rosto, uma máscara — nada é possível. Porque com o falso, só o falso acontece; com o verdadeiro, só a verdade.

Eu entendo o seu problema. Esse é o problema de todos os casais: eles têm medo dessa atitude de ir mais fundo. Eles vivem perguntando se esse relacionamento será forte o bastante para suportar a verdade. Mas como você vai saber de antemão? Não há como saber. A pessoa precisa fazer para saber.
Como você vai saber, sentado na sua casa, se conseguirá vencer a tormenta e o vento lá fora? Você nunca esteve numa tormenta. Vá e veja. Tentativa e erro é a única maneira — vá e veja. Talvez você seja derrotado, mas até nessa derrota você se tornará mais forte do que é agora.

Se uma experiência derrota você, depois outra e outra, pouco a pouco a própria vivência da tempestade vai tornando você mais forte. Chega um dia em que você simplesmente começa a se deliciar com a tempestade, você simplesmente começa a dançar na tempestade. Então ela deixa de ser sua inimiga. Isso também é uma oportunidade — uma oportunidade delirante — para ser.

Lembre-se, o ser nunca acontece de modo confortável; do contrário aconteceria a todos. Ele não pode acontecer de modo conveniente; de outro modo todo mundo teria o seu próprio ser autêntico sem nenhum problema. O ser só acontece quando você assume riscos, quando você enfrenta o perigo. E o amor é o maior perigo que existe. Ele exige você totalmente.

Portanto não tenha medo, mergulhe de cabeça. Se o relacionamento sobreviver à verdade, será maravilhoso. Se ele perecer, isso também é bom, porque um relacionamento falso chegou ao fim, e agora você poderá iniciar outro — mais verdadeiro, mais sólido, mais relacionado à essência.

OSHO

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

uma folha ao vento

Lao-Tsé chegou à iluminação sentado sob uma árvore. Uma folha tinha acabado de cair; era outono e não havia pressa; a folha voava ao sabor do vento, devagar. Ele observou a folha. A folha foi caindo até chegar ao chão, e enquanto observava a folha caindo e pousando no chão, de algum modo ele também foi se aquietando. Desse momento em diante, ele se tornou um não fazedor. O vento sopra naturalmente e a existência cuida dele.

Todo o ensinamento de Lao-Tsé se assemelhava ao do rio: siga a corrente seja para onde ela for, não nade. Mas a mente sempre quer fazer alguma coisa, porque desse modo o crédito vai para o ego. Se você simplesmente seguir a maré, o crédito vai para a maré, não para você. Se você nadar, você pode ter um ego maior: "Eu consegui atravessar o canal da Mancha!"

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

a porta

a porta

sempre aberta ela ficava
diante de si
o tronco
a árvore
quando o vento batia
folhas entravam...
pela manhã
sempre haviam folhas...
folhas secas
no chão
da
sala...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

arcos de eros

flechas...
eu sei
certeiras
elas são...

de que arco
vieram?
eros?...
erros?...
cercos eu vi
lá no fundo

when will it end?

terça-feira, 13 de julho de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

terça-feira, 29 de junho de 2010

a flor

o mestre do silêncio

Um dia, Buda devia dar uma palestra especial, e milhares de seguidores tinham vindo de muitas milhas de distância.

Quando Buda apareceu, ele estava segurando uma flor.

O tempo passou, mas Buda não disse nada.

Ele só olhou para a flor.

A multidão ficou inquieta, mas Mahakashyapa, que não mais podia conter-se, riu.

Buda acenou para ele, deu-lhe a flor, e disse para a multidão: "Eu tenho o olho do verdadeiro ensinamento. Tudo aquilo que pode ser dado com palavras eu dei para vocês; mas com esta flor, eu dou a Mahakashyapa a chave para este ensinamento".

sábado, 26 de junho de 2010

você

Você...Você é tudo o que eu queria...
Tudo o que anseio que a ilusão me dê...
O meu sonho de amor de todo dia
Que nos meus olhos úmidos se lê...
Minha felicidade fugidia,
O meu sonho é você.....
Você...Você é a própria poesia
De tudo quanto em volta a mim se vê.
Se Deus quisesse dar-me certo dia
Tudo aquilo que eu quero que me dê,
Eu, sem pensar ao menos, pediria
Que me desse você!
Sonhos... glória imortal... seria um louco
Pedir tanta ilusão... Não sei porque,
Mesmo a ventura, que possuo tão pouco,
E tudo o mais que a vida ainda me dê,
Fortuna...amor...tudo eu daria, tudo,
Por você!
É que você tem todos os venenos...
É que seus lábios têm um não sei quê...
Os olhos de você são dois morenos
Que andam fazendo à noite cangerê...
Por tudo isso, eu pediria, ao menos,
Um pedacinho de você!

Judas Isgorogota

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segunda-feira, 14 de junho de 2010

domingo, 6 de junho de 2010

uma poesia que adoro

Meu Sonho (Cecília Meireles)

Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar...
Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

domingo, 11 de abril de 2010

Brigadeiro de Açaí

Brigadeiro de Açaí:
Rende 40 unid. - Tempo de preparo 40 min.
1 lata de leite condensado
200ml de polpa de açaí
Margarina para untar
200g de chocolate granulado
Mode de Fazer:
Coloque o leite condensado e o açaí numa panela e leve ao fogo brando.
Mexa sem parar até que a massa se solte do fundo da panela.
Unte um prato com margarina sem sal, derrame a massa sobre ele e leve para a geladeira até gelar.
Unte as mãos com margarina e faça bolinhas com a massa fria.
Envolva-as no chocolate granulado, coloque em forminhas e sirva.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

HISTÓRICO

Annabelle Rosette nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de setembro de 1960.

Teve como brinquedos preferidos os pincéis, as aquarelas e os livretos de colorir.
Iniciou nas artes através do desenho em 1974 e na pintura como autodidata em 1976.

Em 1980 ingressa na Escola de Belas Artes (UFRJ) no curso de Composição de Interiores.

Em 1981 fez o curso Atualidades Artísticas na França com o professor Mário Barata. No mesmo ano vem a ser aluna de Abelardo Zaluar, recebendo grande influência do Mestre.

Em 1984 transfere-se para o curso de Pintura, participando, ainda neste ano, da Mostra Anual dos Alunos da Escola de Belas Artes e Arquitetura da UFRJ.

Em 1985 participa do Simpósio Nietzche no Conjunto Universitário Cândido Mendes com os professores Carlos Henrique de Escobar, Léa Guimarães, Gerd Borhnheim, Carol Gubernikoff, entre outros, o que veio a revolucionar o seu sentido estético.

Em 1986 integra, junto com 15 colegas, o grupo heterogêneo ETRA ARTE, com o qual expõe na Galeria da Casa do Estudante do Brasil com incentivo da professora, escultora e grande amiga Ivone Gordalina. No mesmo ano conclui o Curso de Bacharelado de Pintura da Escola de Belas Artes da UFRJ tendo sido aluna de Abelardo Zaluar, Katie Van Scherpenberg, Lídio Bandeira de Melo, Paulo Houayek, Vladimir Machado, entre outros.

Em 1992 é apresentada ao mercado de arte, com exposição individual no Centro Cultural Itaipava, Lagoa - RJ.



SALÕES

8º e 9º Salões da Escola de Belas Artes, RJ - Prêmio Acrilex 84 e 85.
II Salão de Artes Forte Copacabana, RJ - Menção Honrosa, 1994.
I Salão "Reconhece Rio" - Centro Cultural da Light, RJ - Medalha de Bronze, 1994.
XXIII Salão da Primavera, MAM, Rezende, RJ, 1995.
Salão de Artes Ministro Nero Moura - artista convidada - 1995 - Instituto Histórico Cultural da Aeronáutica.
I Salão de Artes do AIRJ - Menção Honrosa - 1997.
4º Salão de Inverno de Artes Plásticas - Volta Redonda - Grande Medalha de Ouro - 1997.
25º Salão da Primavera MAM, Resende - Prêmio Casa da Cultura Macedo Miranda, 1997.
I Salão do Jardim Botânico - Medalha de Bronze - 1997.


EXPOSIÇÕES INVIVIDUAIS

Centro Cultural Itaipava, Lagoa, RJ, 1992 e 1995.
Galeria Picasso, Campos, 1993.
Atelier A. Rosette, Búzios, RJ, 1994.
Coletânea Galeria de Arte, Ipanema, RJ, 1995.
I RioCult, RJ, 1995.
Artefacto, Recife, PE, 1996.
Casa de Cultura Angra dos Reis, 2003.
Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, Niterói, RJ, 2003.
Casa de Cultura de Maricá, RJ, 2003.


EXPOSIÇÕES COLETIVAS

Homenagem a São Francisco, Performance Galeria de Arte, Brasília, DF, 1992.
Jovens Artistas, Galeria Marly Faro, RJ, 1994.
I Encontro de artistas, 50 anos da Brigada de Infantaria de Paraquedistas, Museu do Forte de Copacabana, RJ, 1995.
Sete Caminhos da Cor, Villa Riso Galeria de Arte, RJ, 1996.
Almacén Galeriade Arte, RJ, 1996.
10 Anos Almacén Galeria de Arte, RJ, 1996.
Art in Mall, S.C.Fashion Mall, RJ, 1997.
Almacén Galeria de Arte, Niterói, RJ, 1997.

sexta-feira, 12 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

um poema que eu adoro

      ANNABEL LEE *
      (de Edgar Allan Poe)

    Foi há muitos e muitos anos já,
    Num reino de ao pé do mar.
    Como sabeis todos, vivia lá
    Aquela que eu soube amar;
    E vivia sem outro pensamento
    Que amar-me e eu a adorar.

    Eu era criança e ela era criança,
    Neste reino ao pé do mar;
    Mas o nosso amor era mais que amor --
    O meu e o dela a amar;
    Um amor que os anjos do céu vieram
    a ambos nós invejar.

    E foi esta a razão por que, há muitos anos,
    Neste reino ao pé do mar,
    Um vento saiu duma nuvem, gelando
    A linda que eu soube amar;
    E o seu parente fidalgo veio
    De longe a me a tirar,
    Para a fechar num sepulcro
    Neste reino ao pé do mar.

    E os anjos, menos felizes no céu,
    Ainda a nos invejar...
    Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
    Neste reino ao pé do mar)
    Que o vento saiu da nuvem de noite
    Gelando e matando a que eu soube amar.

    Mas o nosso amor era mais que o amor
    De muitos mais velhos a amar,
    De muitos de mais meditar,
    E nem os anjos do céu lá em cima,
    Nem demônios debaixo do mar
    Poderão separar a minha alma da alma
    Da linda que eu soube amar.

    Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
    Da linda que eu soube amar;
    E as estrelas nos ares só me lembram olhares
    Da linda que eu soube amar;
    E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
    Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
    No sepulcro ao pé do mar,
    Ao pé do murmúrio do mar.

    Fernando Pessoa

Foto Colagem Rio de Janeiro

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

sábado, 2 de janeiro de 2010

O ato de criar é como apaixonar-se pelo abismo.
É como saltar de olhos vendados nas brenhas do infinito.
É um misto de dor com sabor de chocolate.
Uma onda que domina.
Um instante nos lábios dos amantes.
É romper o lacre do desespero e sangrar na alma.
É imperioso possuir um sincero coração de leão.
E sem amor não se faz.
Sem tesão não há criação.
ARTE
A forma mais sofisticada que o ser humano tem de se expressar.
SER ARTISTA
A maneira mais visceral de ser do homem.
CRIAR
O ato mais complexo da existência humana.
A CRIAÇÃO
Fruto da insana luta entre a razão e a emoção.