segunda-feira, 27 de junho de 2011

A DARK MOONLESS NIGHT

Night comes to hug me
Caressing my face with your ​​long hair
Fill the air with your perfume
It makes me forget my pains
Just tell me the truth
Never lie to me
Dark moonless night come hold me
Give me one of yours stars
So I can call love
Only that way I will not feel so alone ...

O CHAMADO

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quinta-feira, 23 de junho de 2011

O ESSENCIAL

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.

As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e
sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade...

Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.

O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial!

Mário de Andrade

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O INSTANTE



Eu vou tentar captar o instante já,
que de tão fugitivo não é mais,
porque tornou-se um novo instante.
Cada coisa tem um instante em que ela é.
Eu quero apossar-me do é da coisa.
Eu tenho um pouco de medo:
medo ainda de me entregar,
pois o próximo instante é desconhecido.

Clarice Lispector

domingo, 5 de junho de 2011