sábado, 3 de setembro de 2011

Ensaios do vento

Componho meu desejo em torno do seu tempo

varro minha dor com esperanças sem cor

Descobrindo ensaios no vento

Na dança da folha de papel

E movimentos na flor

Que se abre para mim

Com suas pétalas carmim

Nada me cala mais que sua voz

Acho que vou sonhar

Queria assim me encontrar

Em volta do seu corpo orbitar

Enloquecendo as partículas

Centrifugando os sentidos

Meios desmedidos

Atraso meu dia pra acompanhar seus passos

Nem consigo me mexer

Ora a deriva, ora ancorada

Subindo escadas que não dão em nada

Como perspectivas impossíveis de Escher

Entre cobras e anões

Entre cobras e anões

Nenhum comentário:

Postar um comentário