terça-feira, 16 de outubro de 2012

Os Três Caminhos:



ESFORÇO  [ karma ]:

TEM três caminhos. O primeiro é o caminho da ação - o mais duro, o mais difícil, o mais masculino. Moisés, Maomé, Rama, Patanjali, Gurdjieff - essas pessoas pertencem ao caminho da ação. Algo tem que ser feito para alcançar Deus; grande esforço é necessário, esforço absoluto é necessário, ele é árduo e penoso. Existem pessoas que sempre gostam de ir pelo caminho mais difícil. Essas são as suas escolhas - elas amam isso, elas amam o desafio disso.

CONHECIMENTO [ jnâna ]:

O segundo caminho é o caminho do conhecimento. Está no meio - nem muito difícil, nem muito simples, nem muito fácil, nem muito complexo também. O primeiro é muito complexo, Gurdjieff é muito complexo; o segundo é o caminho do conhecimento, exatamente no meio. Buda - Buda chamou o seu caminho de caminho do meio, majjhim nikai - Mahavira, Shankara, Ramana, Krishnamurti: essas são pessoas que percorrem o caminho do conhecimento. Ele não é tão árduo como o primeiro, e não é tão relaxado quanto o terceiro; está exatamente no meio. As pessoas que não são muito masculinas e não são muito femininas seguem este caminho.

AMOR [bhakti ]:

O terceiro é o caminho do amor - o caminho da devoção, bhakti. Narada, Chaitanya, Meera, Sahajo, Ramakrishna - estas são pessoas que trilharam esse caminho. É o mais simples, mais direto, mais íntimo. Você não pode achar nada mais fácil. Esse é o atalho. Ele não é penoso. Você não precisa fazer nada. Nesse caminho, o fazer será sua destruição. Você só precisa relaxar e confiar.

OSHO


Ao longo de sua vida em estado de encarnação [aprisionamento] o indivíduo pode e deve buscar o auto desenvolvimento do seu verdadeiro Ser, que é Espiritual e livre.
Se nada faz para se desenvolver, o Homem-Animal, ao morrer, continuará sua existência em um estado letárgico, não desperto. 
Os homens nascem em um estado de consciência enevoado, confuso. Não estão despertos ao nascer; ao contrário, estão adormecidos.
Ao longo do desenvolvimento ordinário do corpo, desde muito cedo submetida às técnicas de socialização, a consciência tende a se acomodar e a se manifestar pelos automatismos aprendidos.
A percepção é superficial; os sentidos restringem-se à recepção dos estímulos mais grosseiros. O mundo é experimentado apenas em sua realidade aparente, superficial, mayavica [ilusória].

Os Três Caminhos

A busca do Conhecimento e de Auto Conhecimento são tão antigos quanto o primeiro cintilar de consciência do Eu Sou. Ninguém sabe há quantas Eras os homens buscam o saber de si mesmos e do seu em torno.
Ao longo dessa jornada os povos, as nações, culturas, desenvolveram ao menos Três Caminhos para alcançar a meta dourada, a pedra filosofal dos Alquimistas, o Poder! sobre Si Mesmo e um decorrente controle do meio [natureza]. Como se o objetivo do Ser Humano fosse realizar o projeto mágico: Reinar sobre si mesmo para reinar sobre a Natureza ou como pode se entender nas entrelinhas do ensinamento de Jesus: Buscar primeiro o Reino de Deus; o resto vem por acréscimo. O enigma e definir Reino de Deus...

1. O Caminho do Faquir ─ É duro. É o caminho do Corpo.
O faquir obtém o auto controle ou pretende obtê-lo submetendo o corpo ao Espírito por meio da imposição de dor. Submetendo o Instinto à Vontade pela negação completa da satisfação do instinto. Eles podem ser vistos na Índia, hoje, com seus braços atrofiados, suspensos Voluntariamente a 30 anos! Porque o faquir é um tirano para o corpo e deles vem a tradição de alcançar a Iluminação por meio da mortificação. Buda Sakyamuni ao ver esse faquires de braços atrofiados e outros, mutilados de todo o tipo, refletiu, meditou, e achou uma péssima ideia.
A imagem do Faquir é o extremo desse caminho que é o caminho da ação. Segue esse caminho quem acredita ser necessário grande esforço para alcançar Deus.
Na realidade, o Caminho da Ação é o caminho que a maioria da humanidade tem seguido ao longo de milhões de anos.
2. Caminho do Iogue ─ É o caminho da mente.

O iogue combate os hábitos mentais. Porque a realidade é maia, é ilusão. Porque tal ilusão é criada pelo torvelinho de pensamentos, o iogue se concentra em dominar os próprios pensamentos, deter o fluxo aleatório de ideias.
Para o iogue a capacidade de pensar é como um belo e poderoso cavalo selvagem perdido a galopar sem destino em todas as direções do plano mental.

O cavalo tem de ser domado.
Uma vez que iogue consiga controlar o corcel dos seus pensamentos, poderá transformar sua realidade a partir de transformações no plano mental, das idéias.
Porque o invisível e impalpável, a ideia, é o modelo e matriz do visível e palpável.
E assim tudo é maia, é ilusão porque tudo pode ser modelado através da força do pensamento dirigido.
Em termos populares, o Caminho do Iogue é a conhecida doutrina do pensamento positivo, tão travestida e maquiada mas sempre a mesma nas prateleiras dos livros de auto ajuda.
O caminho do Iogue é o caminho do Conhecimento.
 A imagem do Iogue ermitão meditando na mata é o extremo desse caminho.
É possível seguir esse caminho do conhecimento sem negar o mundo desde que medite diariamente e busque o auto conhecimento em suas relações com as coisas, ideias e pessoas.


3. Caminho do Monge 
─ É o caminho do Coração [Amor].

Para os que buscam a santidade porque somente obterão santidade por meio do controle de si mesmos.
Porque neste caminho a prática é submeter as afeições: negar, evitar até transformar em alguma outra coisa o desejo por tudo aquilo que é mundano - seja a comida, seja a riqueza, seja o sexo, seja o amor romântico ou mesmo o amor fraternal.
Transubstanciar-se em Eu Divino e Eterno pela negação desse mesquinho Eu Humano, tão efêmero.

Então os monges e monjas se afastam do mundo. Especialmente das diversões do mundo, das coisas que dispersam os sentidos, envenenam o pensamento e abalam a esfera emocional.
Recolhem-se em orações, que são sempre mantras, sejam hindus ou cristãs católicas.
E quando estão nas ruas, entre as pessoas, estão como Servos, à Serviço do Criador; serviço que consiste em prestar assistência às Suas Criaturas.

É possível seguir esse caminho sem negar o mundo.
A imagem do monge que nega o mundo e se afasta de tudo é o extremo desse caminho.
O caminho do Coração que não nega o mundo é para os leões, pois exige muita coragem.

 Pesquisa de: Annabelle Rosette 


Para aqueles que desejam seguir o Caminho da Ação um livro útil: Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido – P.D. Ouspensky – em busca do milagroso – Pensamento.

Para aqueles que desejam seguir o Caminho do Conhecimento sugiro: A Primeira e Última Liberdade – J. Krishnamurti – Nova Era.

Para aqueles que desejam seguir o Caminho do Coração, além do Mestre Maior do Amor Jesus de Nazaré, sugiro do mestre contemporâneo OSHO – Tantra: A Suprema Compreensão – Pensamento. 

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